Caça Submarinos Classe PC-461

História e Desenvolvimento.
No final da década de 1930, o intensificar das tensões na Europa motivados pelas ameaças expansionistas do governo alemão juntamente com as pretensões territoriais do Império do Japão na Ásia, já denunciavam claramente o que estava por vir, com o possivelmente o mundo se encaminhado cada vez mais para um estágio de grande conflagração. Este cenário levaria o governo norte-americano a antecipar estudos criando vários programas de modernização de suas forças armadas, visando assim poder fazer frente as hipotéticas ameaças futuras. No que tange ao poder naval, este representaria uma das maiores preocupações, com este fato sendo potencializado pelo crescimento da armada imperial japonesa e construção de uma grande força de submarinos por parte das marinhas italianas e alemães. Apesar das limitações impostas pelo Tratado de Versalhes, relatórios de inteligência britânicos apresentavam a cada dia ,informes mais alarmantes sobres as capacidades da força de submarinos da Marinha Alemã (Kriegsmarine). A possível atuação coordenada deste grande número submersíveis poderia estrangular as linhas de abastecimento naval da Grã-Bretanha, que neste momento tinha uma grande dependência de importações estratégicas oriundas principalmente dos Estados Unidos. Apesar das limitações impostas pelo Tratado de Versalhes, relatórios de inteligência britânicos apresentavam a cada dia informes mais alarmantes sobres as potencialidades da força de submarinos da Marinha Alemã (Kriegsmarine). A possível atuação deste grande número submersíveis poderia estrangular as linhas de abastecimento naval da Grã-Bretanha, que neste momento tinha uma grande dependência de importações oriundas principalmente dos Estados Unidos. A solução mais lógica apontava o desenvolvimento e construção de uma representativa frota de navios especializados em escoltas de comboio e guerra antissubmarino, como destroieres e fragatas, para assim garantir uma efetiva proteção aos comboios de navios mercantes. No entanto os investimentos para um programa desta magnitude, seria na ordem de centenas de milhões de dólares, drenando grande parte dos recursos destinados ao esforço de guerra, se fazendo assim necessário buscar soluções mais econômicas, podendo assim ampliar em larga escala a frota de embarcações destinadas a guerra antissubmarino (ASW). Uma das alternativas apontava o emprego de uma embarcação de pequeno porte e muito ágil, já utilizada com grande êxito contra os submarinos alemães na Primeira Guerra Mundial, os “Submarine Chaser” (caçador de submarino). 

Curiosamente após o término deste conflito em 1918, erroneamente considerava-se que tipo de embarcação, se tornaria ultrapassado no início da próxima década, devido ao evoluir dos submersíveis para combate em mar aberto. No entanto vislumbrava-se que poderiam ser empregados com êxito em missões junto a faixa costeira, permitindo assim que os navios de maior parte como os destroieres fossem empregados mais mar adentro, multiplicando assim o fator de dissuasão antissubmarino da frota. Durante este mesmo conflito, a Marinha dos Estados Unidos (US Navy), também faria uso deste tipo de embarcação especializada em guerra antissubmarino (ASW) operando com grande êxito, sendo empregados principalmente nas regiões costeiras do continente tarefas patrulha e ataque aos submarinos alemães. Neste momento estes navios contavam como principal armamento, dispensers de cargas de profundidade sendo complementados por reparos de metralhadoras antiaéreas para autodefesa. Este histórico positivo avalizaria o direcionamento de recursos, para o desenvolvimento de uma nova classe de “Submarine Chaser” (caçador de submarino) que apresentasse um baixo custo de construção e operação, podendo assim ser disponibilizado para a frota naval norte-americana em grande escala.  Seria criado assim março de 1940,  o programa "Experimental Small Craft program", que seria conduzido pela equipe técnica dos estaleiros Defoe Shipbuilding Company no estado de Michigan. Este direcionamento culminaria do desenvolvimento de  dois projetos experimentais, classificados como  PC-451 e  PC-452, com estes dois tipos de navio sendo avaliados comparativamente, resultando em uma versão final de construção que receberia a designação de classe PC-461. Estas embarcações apresentavam um deslocamento de 280 toneladas (padrão) e  450 toneladas quando plenamente carregado, com suas dimensões sendo da ordem de  52,73 metros de comprimento, 7,01 metros de boca e 3,04 metros  de calado.  Em termos de propulsão estavam equipadas com dois motores diesel de 16 cilindros General Motors Model 16-258S que geravam 2.000 bhp cada que operavam acoplados a dois eixos com hélices de três pás, que lhe proporcionavam uma velocidade máxima de máxima de 20 nós, podendo ainda proporcionar um alcance máximo de 3.000 milhas náuticas quando desenvolvesse uma velocidade de 12 nós. Seu pacote de armamentos padrão seria composto por um canhão naval de 3 pol. (76.2 mm/50); um canhão Bofors L/60 de 40 mm montado em um reparo Mk 3, duas metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4, dois lançadores óctuplos de bomba granada A/S (LBG) de 7.2 pol. Mousetrap Mk 20 na proa; duas calhas de cargas de profundidade Mk3 e por fim dois lançadores laterais do tipo KMk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9. 
Diferente de seus antecessores “Submarine Chaser” (caçador de submarino) empregados durante a Primeira Guerra Mundial, onde a detecção de seus alvos era feita visualmente, a nova classe PC-461 passaria a ser equipada com um radar de vigilância de superfície tipo SF ou SL, operando em conjunto com um novo modelo de sonar de casco. A operação do navio de seus sistemas e armas seria facilmente efetuada por sessenta e cinco homens, sendo cinco oficiais e sessenta praças. Atendendo as especificações e parâmetros originais, estas embarcações apresentariam um baixo custo de produção, sendo na ordem de apenas US$ 1,7 milhões por unidade, o tornando ideal para atender as demandas das nações aliadas aos Estados Unidos dentro dos dermos do acordo Leand & Lease Act (Lei de Empréstimos e Arrendamentos). Neste contexto os primeiros quarenta e seis navios construídos pelos estaleiros da Defoe Boat and Motor Works Company, receberiam a designação de exportação "PC-471" com a maioria destes navios sendo imediatamente transferidos para a Marinha Real Britânica (Royal Navy) para emprego posterior no Mar do Norte, liberando os contratorpedeiros para atuar na proteção de comboios em alto mar. A necessidade de prover a segurança contra submarinos alemães e japoneses nos portos e nas águas costeiras, transformaria o “Submarine Chaser” PC-461 em um programa estratégico de grande importância, e assim para o atendimento de todas as demandas necessárias, seriam firmados contratos de construção na ordem de quatrocentos navios. A fim de se garantir o cronograma de entrega, seu projeto seria concedido sob licença para a produção junto aos estaleiros da  Luders Marine Construction Company, em Stanford no estado de Connecticut. O primeiro navio teria seria lançado ao mar em maio de 1941, e até outubro de de 1944 seriam concluídos trezentos e quarenta e três navios, porém neste período já estava claro que a ameaça inimiga de submersíveis havia cessado, e com base neste cenário seria decido cancelar a produção dos sessenta navios restantes. 

Naturalmente seu batismo de fogo se daria com os PC-471 da Marinha Real Britânica (Royal Navy), com os primeiros embates contra submarinos alemães sendo registrados em julho de 1941, no entanto ao longo da Segunda Guerra Mundial seriam empregados em todos os fronts de batalha naval, atuando destacadamente no Pacífico, Atlântico, Caribe e Mediterrâneo. Seu escopo operacional envolvia desde missões de patrulha, guerra antissubmarino (ASW) e escoltas finais de comboio, estas, no entanto na realidade não representavam missões empolgantes ou gloriosas, objetivas e de curta duração, como aconteciam rotineiramente com os aviões aeronavais de guerra antissubmarino (ASW), os quais recebiam informes precisos para ataque aos navios inimigos que apresentavam riscos aos comboios. Assim a vida dos tripulantes de um “Submarine Chaser”, pelo contrário, era monótona e cansativa, prolongando-se por dias seguidos, patrulhando aéreas próximas as rotas de comboios, sem muitas a ocorrência de embates diretos com os submarinos alemães e italianos. A vitória da missão estava, justamente, em nada de anormal acontecer aos comboios por eles apoiados, com os navios mercantes chegando, com as suas valiosas cargas, ilesos aos seus destinos. As tripulações dos navios da classe PC-461 eram compostas geralmente por gente jovem, pois os tripulantes mais velhos não poderiam resistir à dura rotina e vida de bordo.  Podemos dizer, sem receio de errar, que os homens que tripulavam esses navios, se não eram, tornaram-se verdadeiros marinheiros, como exemplo citamos sua operação de condução, onde os seus dois eixos acoplados hidraulicamente aos motores principais davam ao navio, ao fim de 30 segundos, inicialmente a velocidade de 7 nós, indo depois até 18 nós. Assim o  fato de se levar algum tempo para o acoplamento e arrancar já nos 7 nós, quando se dava a partida no forte motor diesel, perturbava os manobristas de renome, dificultando as atracações e outras manobras. Apesar destas características era um ótimo navio no mar, apesar de baixo, e os seus dois lemes faziam o navio girar muito rapidamente, condição necessária à caça do insidioso inimigo, o submarino alemão. Os caça submarinos da classe PC-461 eram navios excelentes: dificilmente os engenheiros navais poderiam conceber um barco tão completo e, ao mesmo tempo, tão compacto. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, vinte e quatro PC-461 seriam convertidos em canhoneiras de patrulha, motor (PGM) e trinta e cinco foram convertidos em embarcações de controle anfíbio (PCC). Dezoito seriam completados como varredoras de minas da classe Adroit (AM), mas seu desempenho como tal foi considerado insatisfatório e eles foram convertidos de volta para a configuração original.  Registros oficiais creditam ao modelo o afundamento do submarino alemão U-166, o entanto, o site 'Patrol Craft Sailors Association' cita navios da classe PC-461 afundando ou ajudando a afundar até seis submarinos alemães e japoneses.  Numerosos navios da classe PC-461, seriam empregados em missões de apoio durante as operações de desembarque anfíbio na Normandia durante o dia D. Um destes navios, o USS PC-1264 curiosamente seria uma das duas únicas embarcações da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) durante a Segunda Guerra Mundial a apresentar uma tripulação majoritariamente afro-americana. Após o fim do conflito muitos navios da classe PC-461 seriam colocados em esquadrões de reserva ou retirados do serviço ativo. Muitos mais, no entanto, foram fornecidos a aliados norte-americanos em todo o mundo, nos termos do  MDAP (Programa de Defesa e Assistência Mútua).  Um dos maiores beneficiários desta transferência seria a  Marinha da República da Coreia (ROK), a qual receberia uma grande quantidade destes navios.  O primeiro destes o Ex USS PC-823 seria renomeado  como ROKS Baekdusan (PC-701). Esta embarcação desempenharia um papel importante na Batalha do Estreito da Coreia, a pequena batalha naval travada no primeiro dia da Guerra da Coreia, em junho de 1950. Seis navios seriam transferidos para a Marinha Portuguesa em 1949 no âmbito do MDAP (Programa de Defesa e Assistência Mútua) PC-812 como NRP Maio, PC-811 como NRP Madeira, PC-1257 como NRP Santiago, PC-809 como NRP Sal, PC-1256 como NRP São Tomé e PC-1259 como NRP São Vicente. Cinco seriam cedidos para a Marinha da Indonésia em 1958 e 1960 sob o Programa de Assistência Mútua. PC-1141 como KRI Tjakalang, PC-1183 como KRI Tenggiri, PC-581 como KRI Torani, PC-580 como KRI Hiu e PC-787 como KRI Alu-Alu. Diversos outros navios desta classe seriam também transferidos no pós-guerra para as marinhas da França, Camboja, Brasil, Uruguai, Noruega, Grécia, Holanda, China, Bolívia, Israel, Cuba, Camboja, Nigéria, Indonésia, Venezuela, Vietnã do Sul e  Filipinas. 

Emprego na Marinha do Brasil.
No início da Segunda Guerra Mundial, o governo norte-americano passaria a considerar com extrema preocupação uma possível ameaça de invasão no continente americano por parte das forças do Eixo (Alemanha – Itália – Japão). Quando a França capitulou em junho de 1940, o perigo nazista a América se tornaria claro se este país estabelecer bases operacionais nas ilhas Canárias, Dacar e outras colônias francesas. Neste contexto o Brasil seria o local mais provável de invasão ao continente pelas potencias do Eixo, principalmente devido a sua proximidade com o continente africano que neste momento também passava a figurar nos planos de expansão territorial do governo alemão. Além disso, as conquistas japonesas no sudeste asiático e no Pacífico Sul tornavam o Brasil o principal fornecedor de látex para os aliados, matéria prima para a produção de borracha, um item de extrema importância na indústria de guerra. Além destas possíveis ameaças, geograficamente o litoral do mais se mostrava estratégico para o estabelecimento de bases aéreas e operação de portos na região nordeste, isto se dava, pois, esta região representava para translado aéreo, o ponto mais próximo entre os continentes americano e africano. Assim a costa brasileira seria fundamental no envio de tropas, veículos, suprimentos e aeronaves para emprego nos teatros de operações europeu e norte africano. Este cenário demandaria logo sem seguida a um movimento de maior aproximação política e econômica entre o Brasil e os Estados Unidos, resultando em uma série de investimentos e acordo de colaboração. Entre estes estava a adesão do país ao programa de ajuda militar denominado como Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos), que tinha como principal objetivo promover a modernização das Forças Armadas Brasileiras, que neste período estavam à beira da obsolescência tanto em termos de equipamentos, armamentos e principalmente doutrina operacional militar. Os termos garantidos por este acordo, viriam a criar uma linha inicial de crédito ao país da ordem de US$ 100 milhões de dólares, destinados a aquisição de material bélico, proporcionando ao país acesso a modernos armamentos, aeronaves, veículos blindados e carros de combate. Estes recursos seriam vitais para que o país pudesse estar capacitado para fazer frente as ameaças causadas pelas ações de submarinos alemãs a navegação civil esta potencializada pelo comercio exterior com o Estados Unidos, transportando diariamente matérias primas para a indústria de guerra daquele país.   

O maior desafio neste momento era representado pela campanha de guerra antissubmarino (ASW), com as operações aeronavais sendo realizados por grupos de combate da Marinha dos Estados Unidos (US Navy). Posteriormente com o recebimento de aeronaves especializadas neste segmento de atuação, em fins do ano de 1942, a Força Aérea Brasileira passaria a assumir uma grande parcela destas missões, faltava, no entanto, complementar este esforço fazendo uso efetivo de seu braço naval. Nesta fase a Marinha do Brasil dispunha em termos de navios dedicados a guerra antissubmarino (ASW), somente seis navios mineiros da Classe Carioca (construídos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, Ilha das Cobra), que foram reclassificados como corvetas após o envolvimento do país no conflito. Estas embarcações apesar de contarem com sensores e radares adequados a detecção de submarinos, estavam armados apenas com um canhão de 102 mm e lançadores de minas marítimas, configuração completamente inadequada para o embate junto aos submarinos italianos e alemães. A fim de sanar esta lacuna operacional, seria necessário disponibilizar a Marinha do Brasil, pelo menos um mínimo de estrutura necessária em termos de meio para a implementação destas missões. Assim dentro dos termos de cooperação, seria determinada a transferência de navios pertencentes a Marinha dos Estados Unidos (US Navy), sendo inclusos neste pacote oito caça submarinos do tipo PC-461. Estes navios na Marinha do Brasil receberiam a denominação de classe Guaporé, sendo composta inicialmente pelos navios G1 Guaporé (ex-USS PC 544) e  Gurupi - G 2, (ex-USS PC 547), construídos pelo estaleiro Defoe Boat and Motor Works, em Bay City, MI, sendo lançado ao mar em 30 de abril de 1942 e foi incorporado a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) em 05 de junho do mesmo ano. Após o envolvimento do Brasil neste conflito, seriam transferidos e incorporados à Marinha do Brasil em 24 de setembro de 1942 em cerimônia realizada na Base Naval de Natal (RN). Já no dia 5 de outubro, passaria a subordinação da Força Naval do Nordeste (FNNE), criada pelo Aviso n.º 1661, do mesmo dia, para substituir a Divisão de Cruzadores. Iniciariam suas vidas operacionais como navios de treinamento para às futuras guarnições. O G1 Guaporé realizaria sua primeira missão real em 23 de julho de 1943, quando obteve um contato submarino positivo de sonar, lançando suas cargas de profundidade na posição Lat. 00º28' S e Long. 45º 54' W. Em 4 de janeiro de 1958, pelo Aviso Ministerial no 0025, foi determinada a sua baixa  do serviço ativo e entregue ao Exército Brasileiro, em 5 de fevereiro, para ser empregado como transporte de munições, após mais de 15 anos de serviços prestados à Marinha do  Brasil em que navegou 113.869 milhas e fez 427 dias de mar
O terceiro navio o Guaíba - G3 (ex-USS PC 604), foi construído pelo estaleiro Luders Marine Construction Company , em Stanford, Connecticut, sendo lançado em 24 de outubro de 1942 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos (US Navy)  em 9 de março de 1943. Seria transferido e incorporado a Marinha do Brasil em 11 de junho de 1943 em cerimônia realizada em Miami, Florida, assumindo o comando o Capitão-de-Corveta Aluisio Galvão Antunes. A exemplo dos dois primeiros navios desta classe, participaria de inúmeras missões de escolta mista (norte-americana/brasileira) a comboios nos trajetos principalmente nos de Recife / Salvador, Salvador / Recife, Recife / Trinadad, Trinadad / Recife,  sendo também regularmente empregado em outras rotas de comboio costeiro no país. No ano de 1952 seria  retirado do serviço ativo e vendido como sucata para desmanche. O quarto navio da classe PC-461 o caça submarino Gurupá - G 4 (ex-USS PC 605), seria o  primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil. Seria também construído nos estaleiros da  Luders Marine Construction Comopany , em Stanford, Connecticut, sendo lançado em  19 de novembro de 1942 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) em 28 de maio de 1943. Seria transferido e incorporado a Marinha do Brasil em  cerimônia realizada em Miami (Florida), assumindo o comando naquele ocasião do Capitão-de-Corveta Hélio Ramos de Azevedo Leite. Seria  ostensivamente empregado na campanha do Atlântico, participando da cobertura de inúmeros comboios ao longo do litoral nordeste do Brasil. Após o término da Segunda Guerra Mundial manteve suas atividades até ser retirado do serviço ativo em 1952. O quinto navio da classe o  caça submarino Guajará - G 5 (ex-USS PC 607), seria o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a uma Baía localizada no Estado Pará, formada pelo braço Sul do Rio Amazonas e os Rios Capim e Guana. O Guajará foi construído pelo estaleiro Luders Marine Construction Company, em Stanford, Connecticut. Seria lançado em 11 de fevereiro de 1943 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) em 27 de agosto de 1943. Seria transferido e incorporado a Marinha do Brasil em 19 de outubro de 1943 em cerimônia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Dário Camillo Monteiro. Esteve em operação até meados de 1959 quando deu baixa do serviço ativo.
O sexto navio caça submarino desta classe o Goiana - G 6 (ex-USS PC 554), foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio e a cidade homônimas no Estado de Pernambuco. O Goiana seria construído pelo estaleiro Sullivan Dry Dock and Repair Company, em Brooklyn, New York, sendo lançado em 1º de maio de 1942 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) em 15 de setembro de 1942. Seria transferido e incorporado a Marinha do Brasil em 29 de outubro de 1943 em cerimônia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente José Geossens Marques.  Em 13 de dezembro de 1951, deu baixa do serviço ativo, sendo submetido a Mostra de Armamento em cumprimento ao Aviso n.º 2632 de 15/10/51 e vendido para desmonte. O sétimo navio da classe o caça submarino Grajaú - G 7 (ex-USS PC 1236), foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a um riacho homônimo do antigo Distrito Federal. O Grajaú foi construído pelo estaleiro Sullivan Dry Dock and Repair Company, em Brooklyn, New York. Seria lançado em 31 de agosto de 1943 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) 15 de novembro, e transferido a Marinha do Brasil no mesmo dia, em cerimônia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Antônio Augusto Cardoso de Gastão.  Em 11 de abril de 1959 , deu baixa do serviço ativo pelo Aviso n.º 0847. Por fim o Caça Submarino Graúna - G 8  (ex-USS PC 561), seria o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a essa ave negra de nossa fauna. O Graúna foi construído pelo estaleiro Jeffersonville Boat and Machine Company, em Jeffersonville, Indiana, seria lançado em 1º de maio de 1942 e incorporado a  Marinha dos Estados Unidos (US Navy) em 11 de julho do mesmo ano. Seria incorporado a Marinha do Brasil em 30 de novembro de 1943 em cerimônia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente José Leite Soares Júnior. Esta embarcação operaria na  Marinha do Brasil até 15 de outubro, deu baixa do serviço ativo pelo Aviso n.º 2632.  Em 21 de julho 1944 em serviço ativo, junto com o  Jutaí - CS 52, quando fazia parte do Grupo de Escolta do comboio JT-18, prestou socorro aos náufragos da Corveta Camaquã - C 6, que afundou em razão das péssimas condições do tempo, às 9:30 hs a cerca de 12 milhas a nordeste de Recife - PE. Em 19 de abril de 1950 , retornou a custodia do Governo dos Estados Unidos, através do Departamento de Estado e acabou sendo transferido em definitivo para o Brasil. Em 15 de outubro de 1951, deu baixa do serviço ativo pelo Aviso n.º 2632. 

Em Escala.
Para representarmos o Caça Submarinos da Classe PC-461 Gurupi G2 da Marinha do Brasil, quando a serviço da  Força Naval do Nordeste (FNNE),  fizemos uso de um kit em resina produzido pela empresa francesa L Arsenal na escala 1/350. Este modelo pode ser montado diretamente da caixa tendo em vista que este modelo é muito semelhante aos navios empregados no Brasil. Fizemos uso de decais confeccionados sob encomenda pela Decal Sings.
Apesar da maioria dos Caças Submarinos da Classe PC-461 da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) fazerem uso camuflagens táticas, os registros fotográficos de época apontam que os navios destinados a Marinha do Brasil, foram recebidos no padrão básico de pintura naval. Este esquema de pintura ao longo dos anos se manteria inalterado até o ano de 1959, havendo apenas a alteração na identificação visual dos mesmos. 


Bibliografia : 
- PC-461 Class Submarine Chaser Wikipedia - https://en.wikipedia.org/wiki/PC-461-class_submarine_chaser
- A Vida nos Caça-Ferro – Poder Naval https://www.naval.com.br/ngb/G/CS-na-IIGM.htm
- Navios de Guerra Brasileiros – Poder Naval https://www.naval.com.br
- Marinha do Brasil - https://www.marinha.mil.br/