Caça Submarinos Classe SC-497/J

História e Desenvolvimento.
No final da década de 1930, o intensificar das tensões na Europa representadas pelas ameaças expansionistas do governo alemão, juntamente com as pretensões do Império do Japão na Ásia, já denunciavam claramente o que estava por vir, com o mundo se encaminhado cada vez mais para um estágio de grande conflagração. Este cenário levaria o governo norte americano a antecipar estudos visando programas de modernização de suas forças armadas, para assim possivelmente fazer frente as hipotéticas ameaças futuras. No que tange ao poder naval, este representaria uma das maiores preocupações, com este fato sendo potencializado pelo crescimento da armada imperial japonesa e construção de uma grande força de submarinos por parte das marinhas italianas e alemães. Apesar das limitações impostas pelo Tratado de Versalhes, relatórios de inteligência britânicos apresentavam a cada dia informes mais alarmantes sobres as potencialidades da força de submarinos da Marinha Alemã (Kriegsmarine). A possível atuação deste grande número submersíveis poderia estrangular as linhas de abastecimento naval da Grã-Bretanha, que neste momento tinha uma grande dependência de importações oriundas principalmente dos Estados Unidos. A solução mais lógica apontava o desenvolvimento e construção de uma representativa frota de navios especializados em escoltas de comboio e guerra antissubmarino, como destroieres e fragatas, para assim garantir uma efetiva proteção aos comboios de navios mercantes. No entanto os investimentos para um programa desta magnitude, seria na ordem de centenas de milhões de dólares, drenando grande parte dos recursos destinados ao esforço de guerra, se fazendo assim necessário buscar soluções mais econômicas, podendo assim ampliar em larga escala a frota de embarcações destinadas a guerra antissubmarino (ASW). Uma das alternativas apontava o emprego de uma embarcação de pequeno porte e muito ágil, já utilizada com grande êxito contra os submarinos alemães na Primeira Guerra Mundial, os “Submarine Chaser” (caçador de submarino). Curiosamente após o término deste conflito em 1918, erroneamente considerava-se que tipo de embarcação, se tornaria ultrapassado no início da próxima década, devido ao evoluir dos submersíveis para combate em mar aberto. 

No entanto vislumbrava-se que estes navios poderiam ser empregados com êxito em missões junto a faixa costeira, permitindo assim que os navios de maior parte como os destroieres, fossem empregados mais mar adentro, multiplicando assim o fator de dissuasão antissubmarino da frota. Durante este mesmo conflito, a Marinha dos Estados Unidos (US Navy), também faria uso deste tipo de embarcação especializada em guerra antissubmarino (ASW) operando com grande êxito, sendo empregados principalmente nas regiões costeiras do continente tarefas patrulha e ataque aos submarinos alemães. Neste momento estes navios contavam como principal armamento, dispensers de cargas de profundidade sendo complementados por reparos de metralhadoras antiaéreas para autodefesa. Este histórico positivo avalizaria o direcionamento de recursos, para o desenvolvimento de duas novas classes de “Submarine Chasers” (caçador de submarino) que apresentasse um baixo custo de construção e operação, podendo assim ser disponibilizado para a frota  naval norte-americana em grande escala. Seria criado assim março de 1938,  o programa "Experimental Small Craft program", que seria conduzido pela equipe técnica dos estaleiros Defoe Shipbuilding Company no estado de Michigan. Este direcionamento culminaria do desenvolvimento de três projetos experimentais, classificados como  PC-451,  PC-452 que apresentavam um deslocamento na ordem 280 toneladas (padrão) e  450 toneladas (totalmente carregado) e o último o PC-453 de menor porte na ordem de 98 toneladas (padrão) e 108 toneladas (totalmente carregado). Os dois primeiros projetos culminariam no desenvolvimento da exitosa classe PC-461 da qual seriam construídos mais de trezentos navios entre os anos de 1941 e 1944. Já a terceira proposta representava uma embarcação de menor porte sendo totalmente construída em madeira, com este conceito baseado na necessidade de se poupar materiais estratégicos para o uso em vasos de guerra de maior porte. Estas embarcações devido a seu processo e baixo custo produção, poderia ser rapidamente disponibilizado para o atendimento a tarefas de  patrulha em áreas costeiras e à ancoragem da frota. 
Este projeto seguiria seu desenvolvimento sobre a égide de "Programa FY1938", levaria a construção de três protótipos designados como SC-449, SC-450 e SC-453, dos quais somente o último seria conduzido a produção em série, resultando em vinte e sete embarcações completadas.  Porém logo no início de sua operação verificaram-se várias limitações operacionais, tento em vista que esta nova classe pouco diferia dos “Submarine Chasers” (caçador de submarino) da Primeira Guerra Mundial, apresentado como inovação apenas a adoção de motores a diesel e sonares simplificados. Desta maneira com base no projeto original da classe SC-453 seriam aplicadas uma variada gama de melhorias, resultando em uma embarcação com deslocamento  de 98 toneladas (padrão) e 130 toneladas (totalmente carregado). A embarcação seria toda construída em madeira ‒ pinho americano ‒ com 100 cavernas, dividido em três compartimentos estanques, separados por anteparas transversais de aço. Seu casco possuía um reforço de tábuas de madeira denominado “ice shelting”, para permitir a navegação em águas parcialmente congeladas. Apresentaria as dimensões de 33.52 metros de comprimento, 32,0 metros de comprimento entre perpendiculares 5.18 metros de boca máximo e 1.52 metros de calado, sendo ligeiramente maior que os navios da classe SC-453. Sua propulsão seria feita por dois motores diesel de dois tempos, oito cilindros em linha, fabricados pela General Motors, modelo 8-268A "Pancake", cada um com potência de 500 HP a 1.270rpm, que movimentavam, por meio de engrenagens redutoras, dois eixos e dois hélices, o que permitia desenvolver a velocidade máxima de 21 nós. A energia elétrica, em corrente contínua, era fornecida por dois grupos motores diesel geradores, com 30 KVA e 20 KVA de potência, respectivamente. Sua tripulação seria composta por três oficiais, dois suboficiais, sete sargentos, quatro cabos, e onze marinheiros. Seu armamento principal seria constituído por um canhão de 3” (76 mm) e 23 calibres, MK XIV de 1918, duas metralhadoras antiaéreas Oerlikon de 20 mm em reparos singelos MK II; duas calhas para lançamento de bombas de profundidade pela popa, cada uma com capacidade para quatro bombas, quatro calhas singelas para lançamento de bombas de profundidade pela borda, à ré, e dois morteiros singelos. As bombas de profundidade eram de 135 kg e o navio transportava cerca de vinte bombas de profundidade.  

Para o serviço de escuta submarina, o navio seria dotado de um aparelho de escuta WEA-1, fabricado pela RCA Electric Company e um registrador químico para distância. Quanto às comunicações rádio telegráficas, o navio dispunha de um transmissor TCE-2 da Westinghouse Electric Company, com 125 W de potência em fonia e CW, três receptores para ondas curtas, médias e longas. Para as comunicações visuais, o navio seria dotado de bandeiras, escote na verga do mastro principal, e um holofote de 12”. Para a navegação, estava o navio dotado de duas agulhas magnéticas, sendo um padrão no tijupá e uma de governo no passadiço, um radiogoniômetro tipo CRM. O navio estaria equipado com um bote com capacidade para oito homens, duas balsas de cortiça para também para oito homens cada uma e vinte e cinco coletes salva vidas. Como proteção contra minas o navio possuía uma cinta magnética, conhecida como Degaussing e consistia de uma bobina colocada ao redor do navio na parte interna, próximo ao casco, na altura do convés. Esta bobina era circulada por uma corrente elétrica comandada por um quadro especial, situado na praça de máquinas a boreste e determinada por cartas especiais, conforme a zona marítima em que se encontrava o navio. Esta bobina quando circulada pela corrente conveniente, anulava o campo magnético do navio o protegendo contra minas magnéticas, ela devia ser ligada antes do navio sair do porto e calibrada periodicamente. Atendendo as especificações iniciais, além de possuir um baixo custo de produção, cada embarcação poderia ser construída em um curto espaço de tempo, algo entre noventa e cento vinte dias. Por se tratar de um navio construído totalmente em madeira, seria aberta uma concorrência para a construção dos caça submarinos, agora oficialmente designado como Classe SC-497, sendo firmados acordos com alguns estaleiros civis, entre estes o W.A. Robinson Inc., de Ipswich, no estado de Massachusetts, uma empresa especializada na construção de veleiros. Com estas empresas seriam firmados contratos para a aquisição de quatrocentos e setenta e cinco navios a um custo unitário de US$ 500.000, com as primeiras entregas a Marinha dos Estados Unidos (US Navy), ocorrendo a partir de agosto do ano de 1941. Em operação estes caçadores submarinos seriam carinhosamente apelidados de "a frota estilhaçada" (Splinter fleet) devido aos seus "frágeis" cascos de madeira. 
A classe SC-497 seria inclusa com item de portifólio do programa Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos), com setenta navios sendo cedidos a União Soviética (empregados inclusive para o transporte de tropas), cinquenta para as Forças Francesas Livres, oito para o Brasil, três para a Noruega e três para o México. Durante o conflito setenta destes seriam convertidos em embarcações de controle de patrulha (SCC) e oito convertidos e em canhoneiras de patrulha, a motor (Classe PGM-1). Numerosos navios desta classe, seriam empregados em missões de apoio durante as operações de desembarque anfíbio na Normandia durante o dia D.  Como citado anteriormente, primeiro navio seria lançado ao mar em maio de 1941, e até outubro de de 1944 seriam concluídos trezentos e trinta e oito navios, porém neste período já estava claro que a ameaça inimiga de submersíveis havia cessado, e com base neste cenário seria decido cancelar a produção dos trinta e sete navios restantes.  Apesar do grande número de caças submarinos SC-497 ter estado em serviço durante a Segunda Guerra Mundial, não há registro oficial de destruição de qualquer embarcação inimiga, as vezes o USS SC-669 às vezes é creditado incorretamente com o naufrágio do submarino japonês RO-107 em 29 de maio de 1943, porém este mesmo ainda seria avistado operando em 6 de julho do mesmo ano no pacífico sul. Até agosto de 1945 dezesseis caça submarinos SC-497 e uma canhoneira PGM-1 seriam perdidos em açao.  Após o fim do conflito muitos navios desta classe seriam colocados em esquadrões de reserva ou retirados do serviço ativo. Doze destes navios seriam cedidos nos termos do MDAP (Programa de Defesa e Assistência Mútua) a Marinha da Filipinas (Hukbong Dagat ng Pilipinas) e vinte a Marinha Francesa (Marine Mationale), onde operariam até meados da década de 1950. De todos os navios desta classe construído, somente um seria preservado o HNoMS Hitra (ex-USS SC-718) que se encontra em exposição junto ao acervo do Museu Real da Marinha da Noruega. 

Emprego na Marinha do Brasil.
No início da Segunda Guerra Mundial, o governo norte-americano passaria a considerar com extrema preocupação uma possível ameaça de invasão no continente americano por parte das forças do Eixo (Alemanha – Itália – Japão). Quando a França capitulou em junho de 1940, o perigo nazista a América se tornaria claro se este país estabelecer bases operacionais nas ilhas Canárias, Dacar e outras colônias francesas. Neste contexto o Brasil seria o local mais provável de invasão ao continente pelas potencias do Eixo, principalmente devido a sua proximidade com o continente africano que neste momento também passava a figurar nos planos de expansão territorial do governo alemão. Além disso, as conquistas japonesas no sudeste asiático e no Pacífico Sul tornavam o Brasil o principal fornecedor de látex para os aliados, matéria prima para a produção de borracha, um item de extrema importância na indústria de guerra. Além destas possíveis ameaças, geograficamente o litoral do mais se mostrava estratégico para o estabelecimento de bases aéreas e operação de portos na região nordeste, isto se dava, pois, esta região representava para translado aéreo, o ponto mais próximo entre os continentes americano e africano. Assim a costa brasileira seria fundamental no envio de tropas, veículos, suprimentos e aeronaves para emprego nos teatros de operações europeu e norte africano. Este cenário demandaria logo sem seguida a um movimento de maior aproximação política e econômica entre o Brasil e os Estados Unidos, resultando em uma série de investimentos e acordo de colaboração. Entre estes estava a adesão do país ao programa de ajuda militar denominado como Leand & Lease Bill Act (Lei de Arrendamentos e Empréstimos), que tinha como principal objetivo promover a modernização das Forças Armadas Brasileiras, que neste período estavam à beira da obsolescência tanto em termos de equipamentos, armamentos e principalmente doutrina operacional militar. Os termos garantidos por este acordo, viriam a criar uma linha inicial de crédito ao país da ordem de US$ 100 milhões de dólares, destinados a aquisição de material bélico, proporcionando ao país acesso a modernos armamentos, aeronaves, veículos blindados e carros de combate. Estes recursos seriam vitais para que o país pudesse estar capacitado para fazer frente as ameaças causadas pelas ações de submarinos alemãs a navegação civil que estava sendo potencializada pelo comercio exterior com o Estados Unidos, transportando diariamente matérias primas para a indústria de guerra daquele país.   

O maior desafio neste momento era representado pela campanha de guerra antissubmarino (ASW), com as operações aeronavais sendo realizados pelos norte-americanos no litoral do pais. Nesta fase a Marinha do Brasil dispunha em termos de meios dedicados de  apenas seis navios mineiros da Classe Carioca, que foram reclassificados como corvetas. Estas embarcações apesar de contarem com sensores e radares adequados a detecção de submarinos, estavam armados apenas com um canhão de 102 mm e lançadores de minas marítimas, configuração completamente inadequada para o embate contra submersíveis. A fim de sanar esta lacuna operacional, seria necessário disponibilizar pelo menos um mínimo de estrutura necessária em termos de meio para a implementação destas missões. Assim dentro dos termos de cooperação seria determinada a transferência de navios pertencentes a Marinha dos Estados Unidos, sendo inclusos neste pacote oito caça submarinos PC-461 que receberiam a designação de classe Gurupi ou G e oito navios SC-497/J que receberiam a designação de classe Javari ou J. O primeiro desta classe o Javarí - CS 51 (J 1), ex-USS SC 763,  seria o quinto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio homônimo. Seria lançado em 25 de setembro de 1942 e foi incorporado a Marinha dos Estados Unidos em 20 de outubro. Foi transferido e incorporado em 7 de dezembro de 1942. Naquela ocasião, assumiria o comando, o Capitão-Tenente Aristides Pereira Campos Filho. Neste contexto seria incluso na sistemática de escolta e acompanhamentos de navios mercantes ao logo das costas dos litorais sul e sudeste do país. Em 19 de julho de 1944 , quando do torpedeamento do NAux Vital de Oliveira, pelo Submarino alemão U-861, o Javarí J 1 era a sua escolta na travessia que realizada de Vitória ao Rio de Janeiro. Em 29 de dezembro de 1945, passaria a subordinação da Diretoria de Hidrografia e Navegação onde atuaria até dezembro de 1949, e receberia sua baixa definitiva no ano de 1951. O segundo navio desta classe o  Jutaí CS 52 (J 2), ex-USS SC 762, seria a terceira embarcação a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio homônimo que é afluente do Solimões. O Jutaí seria lançado no dia 14 de setembro de 1942 e foi incorporado a Marinha dos Estados Unidos em 7 de outubro do mesmo ano. seria transferido e incorporado a Marinha do Brasil em 31 de dezembro de 1942, em cerimônia realizada em Miami no estado da Florida. Naquela ocasião, assumiria o comando, o Capitão-Tenente Roberto Nunes. 
Desta maneira passaria a realizar escolta e acompanhamentos de navios mercantes ao logo das costas dos litorais sul e sudeste do pais. Seria incorporado a Força Naval do Nordeste por meio do Aviso nº 346 de 16 de fevereiro de 1943.  Em 21 de julho de 1944 , junto com o Caça Submarino Graúna - G 8, quanto fazia parte do Grupo de Escolta do comboio JT-18, prestou socorro aos náufragos da Corveta Camaquã - C 6, que afundou a cerca de 12 milhas a nordeste de Recife (PE). O navio durante a Segunda Guerra Mundial navegou 61.660 milhas, escoltando 61comboios em 267 dias de mar. Teve baixa do serviço Aviso Ministerial nº 2129 de 23 de setembro de 1948. Já o terceiro navio desta classe, o  Juruá CS 53 (J 3), ex-USS SC 764, seria lançado em 12 de outubro de 1942 e foi incorporado a Marinha dos Estados Unidos em 31 de outubro. Após seria transferido e incorporado a Marinha do Brasil no dia 30 de dezembro de 1942, com seu comando sendo assumido pelo Capitão-Tenente Luiz Penido Burnier, neste momento receberia o  indicativo CS-53,  posteriormente alterado para J-3. Durante o conflito, o caça-submarino Juruá navegou 64.514 milhas, em 247 dias do mar e escoltou 36 comboios. Teve baixa do Serviço Ativo da Marinha por meio do Aviso Ministerial no 2.130, de 23 de setembro de 1948. O quarto navio desta classe o  Juruena CS 54 (J 4), ex-USS SC 766, foi o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio homônimo no Mato Grosso . O Juruena foi lançado em 27 de outubro de 1942 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos em 11 de dezembro de 1942. Foi transferido e incorporado a Marinha do Brasil em 30 de dezembro de 1942 em cerimonia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Manoel João de Araújo Neto. O navio ficou algum tempo em Miami, para servir como navio de treinamento para as guarnições brasileiras, antes do recebimento das novas unidades, sendo também, eventualmente utilizado, por ordem do Chefe da Comissão Brasileira, Capitão-de-Fragata Harold Reuben Cox, em missões de vigilância e caça a submarinos. Em 29 de março, deixou Miami (Florida), rumo a Key West (Florida), como o capitânea de um Grupo-Tarefa comandado pelo Capitão-Tenente Arthur Oscar Saldanha da Gama, composto também pelos Jacuí - CS 57 e Jundiaí - CS 58, em operação de escolta de comboio. Ao final do conflito seria reclassificado J 4, em dezembro de 1945, passaria a subordinação da Diretoria de Hidrografia e Navegação. Em fins de 1951 seria determinada a baixa do serviço ativo da Marinha do Brasil. 

O quinto navio o Jaguarão - CS 55, ex-USS SC 765, seria lançado em 12 de novembro de 1942 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos em 3 de dezembro. O navio, antes de ser entregue à Marinha do Brasil, navegou, sob bandeira americana cerca de 1.800 milhas náuticas. Foi entregue ao Governo Brasileiro, no Chaser Training Center  de Miami, Flórida, no dia 16 de fevereiro de 1943.  E durante sua permanência no serviço ativo  navegou um total de 68.986,6 milhas náuticas, sendo que 57.187 milhas náuticas e 256 dias de mar em operações de guerra, no período de março de 1943 a novembro de 1945. A partir de maio de 1946 foi classificado como Navio-Faroleiro e realizou comissões de auxílio à sinalização náutica, para a Diretoria de Hidrografia e Navegação. Pelo Aviso Ministerial nº 1.142 de 25 de junho de 1950 seria determinada a baixa do serviço ativo da Marinha do Brasil. O  Jaguaribe ex-USS SC 767, foi lançado em 7 de dezembro de 1942 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos em 2 de janeiro de 1943. Foi transferido e incorporado a Marinha do Brasil em 16 de fevereiro de 1943. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Valim Cruz de Vasconcellos, neste momento receberia o indicativo CS-56, sendo alterado posteriormente para J-6. Em 29 de dezembro de 1945, passaria a subordinação da Diretoria de Hidrografia e Navegação onde atuaria até dezembro de 1949, e receberia sua baixa definitiva no ano de 1951. O Caça Submarino Jacuí - CS 57, ex-USS SC 1288, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a vários rios homônimo. Foi lançado em 24 de dezembro de 1942 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos em 12 de fevereiro de 1943. Seria transferido e incorporado a Marinha do Brasil em 19 de maio de 1943 em cerimonia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Carlos Roberto Perez Paquet. Após a 2ª Guerra Mundial seria reclassificado como J 7 através do Aviso Ministerial em maio de 1951 seria determinada a baixa do serviço ativo. O Caça Submarino Jundiaí - CS 58, ex-USS SC 1289, seria o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a cidade homônima de São Paulo. Foi lançado em 8 de fevereiro de 1943 e incorporado a Marinha dos Estados Unidos em 12 de março. Foi transferido e incorporado a Marinha do Brasil em 26 de abril de 1943. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Pedro Borges Lynch. Em 29 de março, deixou Miami (Florida), rumo a Key West (Florida), em operação de escolta de comboio, integrando um Grupo-Tarefa sob o comando do Capitão-Tenente Arthur Oscar Saldanha da Gama, do qual também faziam parte os CS Juruena - CS 54 (capitânia) e CS Jacuí - CS 57. Em fins de 1951 seria determinada a baixa do serviço ativo da Marinha do Brasil. 
Os caça submarinos da classe SC 497 - Javarí foram muito utilizados pelas suas guarnições, que lhes impuseram trabalhos além de sua capacidade prevista, e em condições de completo desconforto pessoal. A falta de comodidade era realmente incrível, nesses pequenos navios, de boa estabilidade, mas que jogavam muito e eram cobertos pelas vagas, a ponto do pessoal dormir amarrado ao beliche. O problema principal estava na alimentação, feita geralmente de comidas enlatadas, pois a cozinha era pequena e quente, situada na popa, cobertas abaixo. A água era, limitada, na quantidade de menos de cinco litros para cada homem, por dia, isto é, só para cozinha e lavagem de roupas, nada restando para o banho. Nos cruzeiros maiores, Trinidad - Belém ou Recife - Belém, as condições de vida eram realmente péssimas. O pessoal geralmente usava calções e camisetas, com sapatos grosseiros e um cinto aonde havia uma faca (para emergências) e pertences pessoais. Os oficiais tinha um pequeno camarote com quatro beliches, uma privada e comiam em um pequeno alojamento do pessoal, ou de volante no passadiço, ficando todos com um aspecto físico irreconhecível. Os navios estavam equipados com radar (ao contrario da maioria dos navios desta classe operados pela Marinha dos Estados Unidos US Navy), somente existindo o sonar, vulgarmente chamado de "araponga", devido ao ruído desagradável que fazia, dia e noite, chegando a entrar no subconsciente do pessoal. Seu armamento era razoável para o ataque ao submarino imerso, mas totalmente insuficiente para um combate na superfície. Estava disponível um velho canhão de 3 polegadas, 23 calibres na proa, usados para ataques inopinados e duas metralhadoras Oerlikon de 20 mm, realmente boas. Na proa o lança - bomba - foguete (Mousetrap) em duas ou quatro tentativas, nas bordas morteiros tipo K e na popa, as calhas de bombas de profundidade. Os motores lançavam os gases da descarga nos bordos, os quais envenenavam, dia e noite, as guarnições. Enfim foi um serviço efetuado por bravos heróis que tripulavam estes corajosos navios no difícil serviço de escolta através do Atlântico, sem contar o risco que devido à sua baixa silhueta serem confundidos com submarinos inimigos.

Em Escala.
Para representarmos o Caça Submarinos da Classe SC-497  Jundiaí J 8 da Marinha do Brasil, quando a serviço da  Força Naval do Nordeste (FNNE),  fizemos uso de um kit em resina produzido pela Argus Models na escala 1/350. Este modelo pode ser montado diretamente da caixa tendo em vista que este  foi concebido para representar as embarcações empregadas no Brasil. Fizemos uso de decais  oriundos de um set da Tamiya.
Apesar da maioria dos Caças Submarinos da Classe SC-497/J da Marinha dos Estados Unidos (US Navy), fazerem uso camuflagens táticas, os registros fotográficos de época apontam que os navios destinados a Marinha do Brasil, foram recebidos no padrão básico de pintura naval daquele país. Este esquema de pintura ao longo dos anos se manteria inalterado, havendo apenas a alteração na identificação visual dos mesmos.