A trajetória desta icônica empresa aeronáutica tem inicio no inicio da década de 1910, quando o estudante de engenharia Alemanha, Anthony Fokker cursava a universidade na Alemanha, e com os conhecimentos absorvidos desenvolveria sua primeira aeronave experimental o Spin (Spider). Aproveitando as melhores oportunidades na Alemanha, mudou-se para a capital Berlim, onde, em 1912, fundaria sua primeira empresa, Fokker Aeroplanbau, posteriormente mudando-se para o subúrbio de Görries, a sudoeste de Schwerin onde a empresa atual seria fundada, como Fokker Aviatik GmbH, em 12 de fevereiro de 1912. Inicialmente a empresa se dedicaria ao desenvolvimento de aeronaves civis para treinamento e pratica desportiva. Anthony Fokker logrou exito em comercializar uma quantidade considerável de aeronaves Fokker Spin para o governo alemão, o que lhe renderia os recursos necessários a montagem de uma fabrica na Alemanha destinada exclusivamente a atender as demandas do Exército Alemão (Deutsches Heer) na Primeira Guerra Mundial. A primeira aeronave desenvolvida exclusivamente para os alemães seria o Fokker M.5, que era pouco mais do que uma cópia do frances Morane-Saulnier G, construída com tubo de aço em vez de madeira para a fuselagem, e com pequenas alterações no contorno do leme e do material rodante e uma nova seção de aerofólio. Versões armadas deste modelo passariam a contar com um sistema de sincronização para as metralhadoras, semelhante ao conjunto patenteado por Franz Schneider. Equipado com uma versão aprimorada desse equipamento, a aeronave M.5 se tornou o Fokker Eindecker, que devido ao seu armamento revolucionário, representaria uma das aeronaves mais temidas na frente ocidental. Sua introdução levaria a um período de superioridade aérea alemã conhecido como “Fokker Scourge”, que terminaria apenas com a introdução de novas aeronaves, como o francês Nieuport 11 e o inglês Airco DH.2.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), os engenheiros da Fokker Aviatik GmbH estavam trabalhando no Fokker-Leimberger, uma metralhadora Gatling de doze canos com poder externo na rodada de 7,92 × 57 mm, que poderia ser capaz de disparar mais de 7.200 tiros por minuto. Apesar da visão e pioneirismo, o avançar da Primeira Guerra Mundial levaria o governo alemão a assumir as operações da empresa, mantendo no entanto seu fundador como projetista chefe, esta decisão levaria a uma parceira “forçada” entre a Fokker (por sua experiência em produção de aeronaves) e a Junkers por seu pioneirismo em metal com ampla gama de técnicas de construção da estrutura da aeronave e conceitos avançados de projeto. Esta uniao entre empresas, visava unir o melhor das duas empresas o que levaria a criação da Junkers-Fokker Aktiengesellschaft, ou Jfa, em 20 de outubro de 1917. No entanto esta parceria se mostraria problemática, levando a sua dissolução. Porém conceitos oriundos desta rapida união seriam aproveitados nos novos modelos, fato este que resultaria uma semelhança visual entre as aeronaves desses dois fabricantes durante o próxima década. Alguns dos tipos notáveis produzidos pela Fokker durante a segunda metade da guerra, todos projetados principalmente por Herr Platz, incluíriam o biplano Fokker D.VI, o triplano Fokker Dr.I ou Dreidecker (lembrado como a aeroanve de caça do Barão Vermelho), o Fokker Biplano D.VII (a única aeronave já mencionada diretamente em um tratado: todos os D.VII foram escolhidos para entrega aos aliados nos termos do acordo de armistício) e o monoplano de guarda-sol Fokker D.VIII. Com o final do conflito e a assinatura do Tratado de Versailles que proibia a Alemanha de fabricar aeronaves e motores para o emprego militar, Anthony Fokker voltou a seu pais onde fundou a Nederlandse Vliegtuigenfabriek, e passaria a fabricar aviões comerciais.

Dispondo da versão final de produção, a diretoria da empresa iniciaria em 1947, uma campanha de demonstração para potenciais compradores, entre estes a própria Real Força Aérea Holandesa (NLAF), que ficaria impressionada com as caracteriscas positivas da aeronave, levando assim a celebraçao do primeiro contrato militar do modelo prevendo a aquisiçao de trinta e nove células, destinadas a substituição dos Bucker Bu-181. O próximo cliente da Fokker seria a recém-criada Força Aérea de Israel (Hel HaAvir) que adquiriu inicialmente quarenta e uma aeronaves. Neste mesmo momento, renascida Força Aérea Italiana - AMI (Aeronautica Militare Italiana) também estava em busca de uma nova aeronave de treinamento primário, elegendo o Fokker S.11 como seu modelo padrão, resultando em um contrato de produção sob licença pela empresa Aeronautica Macchi Sp.A, envolvendo a montagem de cento e ciquenta células. Ao contabilizarmos as aeronaves produzidas pela empresa holandesa e sob licença, o total de células entregues atingiria a cifra de trezentos e cinquenta e oito aviões até o ano e 1958. Em 1948 as linhas de produção da Fokker estavam engajadas na produção do S.11 Instructor , quando a equipe de projetistas da N.J Konklijke Nederlandshe Vliegtuigen Fabriek Fokker iniciaram estudos para o desenvolvimento de uma versão triciclo da aeronave, agregando uma bequilha, porém inicialmente a proposta não foi aceita pela diretoria da empresa em face do foco no Fokker S.11. Porém em 1949, seria dado o aval para o desenvolvimento desta nova versão, que recebeu a designação de Fokker S.12 que era rigorosamente idêntico ao seu antecessor, distinguindo se unicamente pela incorporação de uma bequilha e pelo deslocamento à ré dos trens principais de pouso.

Emprego na Força Aérea Brasileira.
Ao término da Segunda Guerra Mundial, a jovem Força Aérea Brasileira dispunha de mais de mil e quinhentas aeronaves de origem norte americana em serviço, que foram disponibilizadas ao paisdurante o conflito, sendo cedidas nos termos do programa Leand & Lease Act (Lei de Empréstimos e Arrendamentos). Neste momento contava-se com o que havia de mais moderno em termos de aviação de combate, patrulha, transporte e treinamento, se notabilizando por ser a maior força aérea do hemisfério sul. Apesar deste cenário positivo, era obvio que o rápido avançar da tecnologia aeronáutica vivenciado nos ultimo anos da década de 1940, iria gerar um salto evolutivo muito grande, que com certeza relegaria rapidamente a obsolescencia de grande parte dos vetores em serviço no pais. A este fato se somava-se a necessidade de manter a frota em índices de disponibilidade aceitável, o que passava a ser negativamente influenciado pela descontinuação da produção de um grande numero de aeronaves e componentes logo após os anos de 1946 e 1946. Por fim vislumbrava-se a necessidade de manter o processo de integração nacional que só poderia ser efetivado com o uso de aviões tendo em vista o perfil continental do pais. A conjunção destes fatores direcionava-se para criação de uma indústria aeronáutica nacional que pudesse em um primeiro estágio produzir ou montar no Brasil, inicialmente aeronaves básicas para a absorção de tecnologia de manufatura . Neste mesmo período o Ministério da Aeronáutica (MAer) estudava alternativas alternativas para a substituição de sua já envelhecida frota aeronaves de treinamento básicos Fairchild PT-19 & PT-3FG, que além não possuir um envelope de voo adequado as novas aeronaves na linha de frente da Força Aérea Brasileira, passava a sofrer como citando anteriormente com grandes índices de indisponibilidade operacional.
Os estudos derivariam para propostas de fornecimento de aeronaves de treinamento básico, que possuíssem em seu escopo as primícias de transferência de tecnologia de manufatura industrial, visando assim a transferir conhecimento de produção ao país. Varias propostas foram apresentadas por fabricantes internacionais tendo em vulto o substancial volume de aeronaves as ser adquirido, entre estas uma apresentada em meados de 1950 por empresários brasileiros em parceria com a empresa holandesa Fokker demonstrava maior potencial de desenvolvimento. Este processo era tão abrangente que não compreendia apenas a produção sob licença mas o estabelecimento de uma subsidiaria brasileira da empresa que receberia o razão social de Fokker Industria Aeronáutica S/A, devendo a mesma estar locada nas próprias instalações da Fábrica do Galeão na cidade do Rio de Janeiro – RJ. Apesar as negociações comerciais iniciais fluírem rapidamente, haveriam complicações de quanto as tratativas da nova empresa com o Ministério da Aeronáutica (MAer). Os principais entraves estavam focados na engenharia de processos de produção, com esta indefinição de entendimento em busca de uma solução que atendesse as necessidades de ambas as partes, esta movimentação atrasaria o cronograma inicial em pelo menos dois anos. Em maio de 1952 este processo teria chegado a consenso e com base nesta definição o comando da Força Aérea Brasileira daria sequencia ao processo, enviando uma comitiva de oficiais aviadores e técnicos a Holanda, para assim proceder a avaliação dos quatro modelos de aeronaves propostos para produção local, sendo o Fokker S.11, S.12 (monomotores de treinamento básico) Fokker S.13 (bimotor de instrução multimotores) e por fim o Fokker S.14 (jato de treinamento avançado). Inicialmente o Fokker S.13 foi reprovado, pois a aeronave apresentava desempenho inferior aos Beechcraft C-45 em uso, com o interesse se restringindo aos outros modelos.
Ao término da Segunda Guerra Mundial, a jovem Força Aérea Brasileira dispunha de mais de mil e quinhentas aeronaves de origem norte americana em serviço, que foram disponibilizadas ao paisdurante o conflito, sendo cedidas nos termos do programa Leand & Lease Act (Lei de Empréstimos e Arrendamentos). Neste momento contava-se com o que havia de mais moderno em termos de aviação de combate, patrulha, transporte e treinamento, se notabilizando por ser a maior força aérea do hemisfério sul. Apesar deste cenário positivo, era obvio que o rápido avançar da tecnologia aeronáutica vivenciado nos ultimo anos da década de 1940, iria gerar um salto evolutivo muito grande, que com certeza relegaria rapidamente a obsolescencia de grande parte dos vetores em serviço no pais. A este fato se somava-se a necessidade de manter a frota em índices de disponibilidade aceitável, o que passava a ser negativamente influenciado pela descontinuação da produção de um grande numero de aeronaves e componentes logo após os anos de 1946 e 1946. Por fim vislumbrava-se a necessidade de manter o processo de integração nacional que só poderia ser efetivado com o uso de aviões tendo em vista o perfil continental do pais. A conjunção destes fatores direcionava-se para criação de uma indústria aeronáutica nacional que pudesse em um primeiro estágio produzir ou montar no Brasil, inicialmente aeronaves básicas para a absorção de tecnologia de manufatura . Neste mesmo período o Ministério da Aeronáutica (MAer) estudava alternativas alternativas para a substituição de sua já envelhecida frota aeronaves de treinamento básicos Fairchild PT-19 & PT-3FG, que além não possuir um envelope de voo adequado as novas aeronaves na linha de frente da Força Aérea Brasileira, passava a sofrer como citando anteriormente com grandes índices de indisponibilidade operacional.
Os estudos derivariam para propostas de fornecimento de aeronaves de treinamento básico, que possuíssem em seu escopo as primícias de transferência de tecnologia de manufatura industrial, visando assim a transferir conhecimento de produção ao país. Varias propostas foram apresentadas por fabricantes internacionais tendo em vulto o substancial volume de aeronaves as ser adquirido, entre estas uma apresentada em meados de 1950 por empresários brasileiros em parceria com a empresa holandesa Fokker demonstrava maior potencial de desenvolvimento. Este processo era tão abrangente que não compreendia apenas a produção sob licença mas o estabelecimento de uma subsidiaria brasileira da empresa que receberia o razão social de Fokker Industria Aeronáutica S/A, devendo a mesma estar locada nas próprias instalações da Fábrica do Galeão na cidade do Rio de Janeiro – RJ. Apesar as negociações comerciais iniciais fluírem rapidamente, haveriam complicações de quanto as tratativas da nova empresa com o Ministério da Aeronáutica (MAer). Os principais entraves estavam focados na engenharia de processos de produção, com esta indefinição de entendimento em busca de uma solução que atendesse as necessidades de ambas as partes, esta movimentação atrasaria o cronograma inicial em pelo menos dois anos. Em maio de 1952 este processo teria chegado a consenso e com base nesta definição o comando da Força Aérea Brasileira daria sequencia ao processo, enviando uma comitiva de oficiais aviadores e técnicos a Holanda, para assim proceder a avaliação dos quatro modelos de aeronaves propostos para produção local, sendo o Fokker S.11, S.12 (monomotores de treinamento básico) Fokker S.13 (bimotor de instrução multimotores) e por fim o Fokker S.14 (jato de treinamento avançado). Inicialmente o Fokker S.13 foi reprovado, pois a aeronave apresentava desempenho inferior aos Beechcraft C-45 em uso, com o interesse se restringindo aos outros modelos.

A incorporação deste modelo, traria a Escola de Aeronáutica (EAer) significativo avanço em termos de qualidade de treinamento, sobre os já obsoletos Fairchild PT-19, que foram incorporados durante a Segunda Guerra Mundial. Sua moderna concepção com motor mais potente, estrutura metálica, com assentos lado a lado em uma cabine com canopy corrediço para trás, proporcionava aos cadetes um melhor processo de aprendizado, principalmente por apresentar características superiores de desempenho o aproximando do perfil operacional das aeronaves de primeira linha na época. Devido aos atrasos no cronograma de entregas, por um curto período de tempo os Fokker T-21 chegaram a compartilhar com os antigos treinadores norte-americanos. Porém gradativamente estas novas aeronaves logo assumiriam a totalidade das noventa e cinco horas de voo básico, antes de migrarem para o programa de instrução avançada com os North American T-6C e T-6D. Conforme citado anteriormente, o contrato previa a aquisição de cinquenta células do modelo Fokker S.12, que deveriam começar a ser montadas a partir da entrega das últimas células do Fokker S.11. Os reportados atrasos no cronograma levariam a primeira célula do agora designado como T-22, a ser entregue somente em maio de 1960, representando um atraso de quase quatro anos. As primeiras vinte e quatro aeronaves foram incorporadas a Escola de Aeronáutica (EAer), passando a ser empregadas no estagio de formação intermediário, com os cadetes iniciando a instrução no T-21, evoluindo para os T-22, antes de seguirem para a fase final junto aos North American T-6C e T-6D. Porém já em 1961, seria observado que em determinados segmentos do envelope de voo, aeronave apresentava indesejáveis características, que além de causar possíveis riscos de acidentes, impactava negativamente no nível de formação dos pilotos. Após deliberação interna, decidiu-se retirar o Fokker T-22 das tarefas de instrução intermediaria , transferindo estas aeronaves para diversas bases aéreas, parques de material e unidades para emprego em tarefas de ligação.

Em Escala:
Para representarmos o Fokker T-21 " FAB 0705" empregamos o antigo kit da Smer na escala 1/40, modelo este extremamente espartano, porém de fácil montagem. Aplicamos pequenos detalhamentos em scratch na cabine. Decais artesanais produzidos por nosso amigo Cesar Hares de Curitiba em conjunto com decais FCM completaram o conjunto.
O esquema de cores (FS) descrito abaixo representa o padrão de pintura das aeronaves de instrução da Escola de Aeronáutica (EAer), mantendo este padrão até sua desativação em 1973, algumas aeronaves Fokker T-21 receberam ainda um esquema provisório camuflado em três tons.
Bibliografia :
- Fokker S-11 -
Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/Fokker_S-11
- História da Força Aérea Brasileira , Prof Rudnei Dias Cunha
- http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/index.html
- Fokker S-11 e S-12 Instructor - Rafael Pinheiro Machado
- Aeronaves Militares Brasileiras 1916 a 2015 – Jackson Flores Junior